20 de NOVEMBRO: CONSCIÊNCIA NEGRA


               Que bom que somos diferentes!

A escola e a creche são espaços privilegiados, onde a experiência cultural de cada pessoa que por ela transita pode ser apropriada pelos outros. Por isso, instala-se um interminável processo de reconstrução de conhecimentos, conceitos e saberes ao valorizar o conhecimento de todos.
Desta forma, cumprem a sua função social, reconhecendo que a diversidade propicia a ampliação das aprendizagens, dos conhecimentos e valores para o desenvolvimento e a formação humana.
De acordo com as leis 10.639/03 e 11.645/08 estamos dando continuidade ao nosso projeto Conhecendo... entendendo...vivendo a cultura brasileira que tem como objetivo sensibilizar as crianças para as diferenças que compõem nosso povo, incentivando o respeito mútuo
Descobrimos com nossas crianças que somos coloridos e que graças a toda diversidade somos diferentes!  E mais, somos aquilo que vamos adquirindo ao longo do tempo!
Usamos e abusamos dos valores civilizatórios afro-brasileiros, como:
ü  - oralidade – que está associada à relação constante do falar – ouvir/ ouvir – falar (recontar histórias a partir de um novo ponto de vista, inventar novos finais para histórias já conhecidas, misturar personagens conhecidos, construir histórias, identificar características de personagens, etc.)
ü  - musicalidade – a   marca    que  a   música   imprime  em   nossa brasilidade e o quanto somos musicais:        
(NÃO ESQUECER QUE O NOSSO CORPO PRODUZ SOM, MELODIAS E CELEBRA OS RITMOS)

* Ritmos – samba, hip-hop, maculelê, maracatu, capoeira, frevo, etc.
*Instrumentos musicais – chocalho, caxixi, atabaque, tambor
*brinquedos cantados – cantigas de roda, caxangá, parlendas
ü  - brincadeiras e brinquedos – um povo que celebra a vida não poderia jamais sobreviver às atrocidades da escravidão se não fosse capaz de brincar (gangorra, esconde-esconde, amarelinha, pés- de lata, bola de meia, argila, bonecas de milho e jornal, barangandão)
ü  - Está na língua do povo – as palavras povoam nosso cotidiano, nossa história, nomeiam, significa a vida. Muitas palavras africanas fazem parte do nosso vocabulário, da nossa história (tanga, sunga, cueca, canga, tamanco, ginga, cachaça, cachimbo, samba, mocotó, etc.)
ü  - alimentação – diante da imensidão afro-brasileira, não pode esquecer-nos da culinária e das receitas milagrosa de chás e temperos especiais que esse povo nos trouxe (feijoada, vatapá, caruru, boldo, hortelã, etc.)
Todo o trabalho será direcionado pelo material do projeto “A cor da cultura” que contribui para a construção de uma educação brasileira multicultural, sem racismo e inclusiva.
Serão usados livros infantis que virão de encontro ao tema:
- Menina bonita do laço de fita de Ana Maria Machado
-O menino Nito de Sonia Rosa
- Menino de todas as cores de Luísa Ducla Soares
- Ynari, a menina das cinco tranças de Íris Amâncio
-A águia e a galinha de Leonardo Boff
- Como surgiu a galinha D Angola de Zuleika de Almeida Prado
- As tranças de Bintou de Sylviane Anna Diouf
- Qual é a cor do amor? De Linda Stranchan e David Wojtowycz
Para finalizar o projeto faremos uma atividade em parceria com os responsáveis :  oficinas de bijuterias, trancinhas, tererê, capoeira, samba e culinária relacionadas ao tema.


Após a sensibilização as crianças descobriram os aninais que vivem na África, as comidas, frutas e costumes dos africanos, as brincadeiras...






Na cultura africana, qualquer motivação para encontro, festa ou celebração provoca uma roda (CIRCULARIDADE)
                                                                                                                     



    A Roda                                                                                                                          
Na roda a gente...
canta,
conta 
e se encontra.!
A gente se encanta 
e se apaixona!
A gente se chateia
proseia
e fala besteira!
É nessa roda
que a gente cresce,
amadurece,
tece uma vida
de aprendizado!
           (Professora Carla Teixeira Gomes)









Os brinquedos e brincadeiras que adquirimos com a cultura africana:

BARANGANDÃO
Há muito tempo... na época das avós de nossas avós, as mulheres reuniam-se na boca do rio. Elas sentavam-se em roda para contar histórias. As mais velhas contavam para as mais novas e as mais novas contavam para as mais velhas, e assim seguiam... até que o tempo se esvaísse numa imensidão de palavras coloridas, ricas de aventuras e fantasias. Mas, na roda, sempre havia aquela moça envergonhada, que não queria compartilhar suas histórias. Então as mais experientes resolveram inventar uma dinâmica de corpo que ajudasse àquelas envergonhadas. Assim surgiu o Barangandão. Um brinquedo inventado para esquentar o corpo, relaxar, descontrair. São fitas coloridas amarradas a uma vara de madeira. Elas rodavam e rodavam, esquentando suas cinturas, tornando-se mais seguras.